quinta-feira, 23 de julho de 2009

Narrativa

A partir de agora, deveremos nos direcionar à confecção do enredo do filme. Os participantes postarão seus comentários buscando a construção narrativa e podendo falar também dos personagens e de algumas características deles. Isto pode facilitar demais a compreensão de todos.

Lembro que devemos levar em consideração que o enlace temático escolhido transita em torno da MEMÓRIA e da MALDADE.

Os temas escolhidos são bem amplos e acredito que não aprisionarão muito cada participante na expressão de ideias.


Então, que comecemos as discussões!


OBS1: Vale a pena enfatizar que o filme NÃO SERÁ mais fragmentado em três partes no blog. Dessa forma, os participantes não precisam se ater a esse aspecto no projeto.

38 comentários:

  1. Memória e maldade humana...
    Dentro de um gênero fantástico, imagino algumas coisas no link dos dois temas. Outros poderão colaborar com algo menos idiota, prefiro dar minha contribuição "B", como sempre.

    1- Muito provavelmente já realizado algo semelhante em holywood: o personagem principal teria uma espécie de amnésia constante, a cada dia esquecendo mais sobre o seu passado, e em uma investigação - ao longo de sua navegação por suportes de memória como albuns fotográficos, diários, relatos de pessoas (o que poderia entrar em um formato de entrevista real no filme) - ele descobre que outra pessoa (que teria sido previamente roubada) está se apropriando de seu passado e vivendo uma vida que lhe pertencia. (a forma como esses roubos são realizados deve ficar oculto ao espectador, dando o tom fantástico da obra).

    2- Uma abordagem mais humorística: em um futuro onde toda a memória é inserida em banco de dados, as pessoas crescem sem memória viva em suas mentes - apenas lembranças em vídeos, imagens e textos, que são esquecidas assim que se "salvam" os arquivos, não fazendo parte mais dos sentimentos e lembranças individuais. Ou seja, as pessoas são "vazias". Um pequeno grupo de pessoas dentro desse ambiente é interessada em leilões de memória (mais uma vez, a forma como essas memórias são "inseridas" na mente das pessoas deve ficar oculto ao espectador, pelo tom fantástico etc), leilões que são organizados de forma ilegal porque o estado não permite - a mente vazia traz uma funcionalidade tecnicista maior a todos os trabalhadores. O personagem principal é um organizador de leilões, um humano criado à forma antiga e que vende suas próprias memórias, sofrendo ao longo do processo enquanto vê momentos importantes de sua vida se apagarem de suas lembranças. Além disso ele é um solitário - ao longo do leilão poderá ser visto como o personagem perdeu sua familia, executada por não obedecer os procedimentos da lei.
    A história lida com maldade humana de uma forma política e com o sofrimento individual da perda de memória. Ao fim, as luzes da sala do leilão se apagam, e o personagem permanece no escuro, com seu olhar vazio (as luzes se apagando como metáfora da memória se apagando).

    Deixo mais pra depois, pra não ficar um post enorme.

    O problema nesses enredos no curso de comunicação, como sempre, é a produção e atuação, mas acho que com a técnica certa, uma obra filmada de uma forma independente (porque a uesc libera os equipamentos mas não financia nada né) consegue ficar boa, e unida a uma idéia legal, fica com qualidade. Já ví muitos vídeos chegarem na ilha de edição que percebi que teriam ficado legais porque a idéia era boa, mas as escolhas durante a filmagem, até mais que durante a produção de cenário e etc, causaram um resultado drástico. Uma boa câmera aliada a uma boa edição resolvem muitos problemas nas realizações independentes.

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  2. Eu acho realmente que poderia demonstrar aquele tipo de ser humano que é essencialmente mal mas também é bom. heuahueha dificil falar sobre isso
    Não é possível explanar sobre o mal sem pincelar o bem, essas dicotomias são meio complicadas
    Por exemplo, eu tenho alguns amigos que tem um gênio ruim, que não há explicação pra certas coisas que eles fazem (como alex delarge) tem uma excelente familia, mais amorosa impossivel, e msm assim dão pedradas em cachorros por exemplo.
    em relação a memoria, sei la talvez pudesse ser justificada atitudes ruins por causa do passado, aquela coisa toda cliche, ou então demonstrar essa coisa mesmo de um rapaz comum, cometer coisas insanas tipo enfiar pimenta em cloaca de pássaro, isso eu n estou falando pra ser levado ao pé da letra, logico, mas é so pra exemplificar oq me vem em mente quando se fala em memoria e maldade humana.
    eu n sei se é uma abordagem completamente cetica ou n mas isso poderia ate mesmo ser karma de vidas passadas, tem mt redirecionamento essa questão.
    mas basicamente oq me vem na cabeça são meus amigos e alex de laranja. mal pelo mal no sentido de se obter prazer
    tem gnt q tem prazer tocando um instrumento, tem gnt q tem prazer em ajudar o proximo, e também tem aquele q sente prazer em ver bizarrices, cabeças cortadas e morte.
    isso é inerente a pessoa nada pode mudar isso,
    como também mostra em laranja a pessoa pode ser moldada, mas a essencia nao muda.

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  3. desculpa pela informalidade na escrita, afinal estamos na web xD~

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  4. Segundo post (antes que a dissertação me impeça de pensar besteiras por mais algumas horas).

    3- Sobre a mídia malvada: Mulher grávida e marido preparam antes do nascimento da criança uma coleção de memórias prontas, o que fará com que o moleque cresça acreditando ter vivido há muitos anos e renascido em um novo corpo, comportando-se como um adulto. A criança enganada se torna uma celebridade do momento na mídia, dando entrevistas desgastantes e constrangedoras onde conta suas "memórias" de vidas passadas que na verdade lhe foram forçadas por seus próprios pais.

    4- Mais um caos futurista inspirado em George Orwell e com fortes pitadas de William Golding: Em um caos geral, todos os livros passam a ter suas páginas em branco, as fotos desaparecem sobrando papéis fotográficos brancos, computadores perdem seus dados e param de funcionar, a internet se desvanece no espaço. A humanidade retorna à memória oral, e enquanto alguns tentam preservar valores através da transmissão de conhecimento e ideais éticos/morais, um grupo (liderado pelo personagem principal, um filósofo do novo tempo) decide que a mudança deve ser ainda maior, adaptando-se de forma primitiva (apresentada na verdade como uma evolução), estimulando a sobrevivência dos mais fortes, a competitividade, o trabalho braçal, e idealizando o desaparecimento da ciência, leis e todo o conhecimento humano como uma dádiva para o retorno do homem a sua natureza animal.

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  5. "coisa mesmo de um rapaz comum, cometer coisas insanas tipo enfiar pimenta em cloaca de pássaro" ainda bem que postei a tempo de ver essa atualização. Adorei ler isso, ri demais!! e adoraria ver uma cena dessas, não estou sendo irônico. Acho mesmo que dá pra encaixar, dependendo do enredo, seria uma cena engraçadíssima, além da reflexão. Essas cenas do cotidiano extremamente bizarras que a gente tem nas lembranças são o melhor material pra alimentar um roteiro!
    Vou dar um break pra ler mais postagens por aqui depois, vlw.

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  6. Só para colocar "pimenta na cloaca dos passarinhos"...

    Que tal... A história sobre um velho professor universitário de literatura e escritor de thrillers, atormeantado com a decadência de sua carreira de escritor e a falta de inspiração... Ele então começa a sequestrar jovens estudantes, submetendo-as à torturas, multilações e violência sexual. Ele registra todo o processo de tortura em vídeo, obrigando-as a dividir com ele suas memórias para posteriormente publicá-las no seu próximo livro. Depois de arrancar delas as histórias ele as mata. Encantado com a própria violência ele começa a sequestrar cada vez mais garotas e a aperfeiçoar seus metodos crueis de tortura. [?]

    - Porque pimenta na cloaca do passarinho dos outros é refresco. hehehe

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  7. Eu pensei o seguinte: Quando pensamos em maldade, pensamos no que não gostamos, e quando pensamos em bondade, seriam coisas interessantes pra nós. Então por que não abordar a vida de uma pessoa olhada de diferentes ângulos? Exemplo: Um rapaz que entra no mercado pra roubar um pacote de biscoito, então numa primeira cena mostra a família do rapaz passando fome, e seus filhos pedindo comida pra ele, sem saber o que fazer, ele toma essa atitude desesperada. Num segundo momento mostra-se está cena num ângulo do gerente do supermercado, onde um vagabundo entra em seu supermercado e rouba na cara dura um pacote de biscoito. Daí, teríamos uma dualidade de informações, o que poderia fazer o público pensar que a maldade está na cabeça do homem!

    Se abordarmos um segundo exemplo: "coisa mesmo de um rapaz comum, cometer coisas insanas tipo enfiar pimenta em cloaca de pássaro", poderíamos fazer o seguinte, um rapaz estudante de biologia que quer saber o que acontece quando um pássaro sofre tal acontecimento, e numa segunda visão: as pessoas na rua vendo aquele rapaz sem noção fazendo aquilo, que seria uma perversidade com o animal. Enfim, acho que seria interessante mostrar os pontos de vista das pessoas!

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  8. Vi aqui dos comentários buscando o contraste do bem e do mal. Acho legal trabalhar dessa forma tambem. Imaginei um personagem sensivel ( aparentemente)... Ele tem todas qualidades de uma pessoa comum. Poderia ser um admirador das artes. Vistando galerias de quadros, fotografias, cenas em cinema, lugares vips tipo restaurantes/hoteis formais classe média alta.. Sempre acompanhado de pessoas assim. Porém, há momentos sombrios de sua personalidade. Esses momentos sombrios podem ser mostrados em situaçoes dessas como falaram anteriormente "pimenta na cloaca dos passarinhos"... os crimes do personagens não seriam exibidos, mas em momentos ele mesmo viria algo em jornais, tv, internet.. crimes cometidos em lugares que ele esteve.

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  9. um sujeito absolutamente introspectivo que escolheu se refugiar num porão a fim de fugir do mundo exterior por motivo não revelado a princípio. no porão ele coleciona livros, em grande parte, roubados. não tem computador nem TV, mas um rádio amador que usa só pra saber o que acontece no mundo que faz fronteira com sua "cápsula". fora isso, sai pra praticar os roubos. sim. daí esse cara tira dos livros o conhecimento pra desenvolver uma técnica louca que retira e armazena, de forma primitiva, toda memória de uma pessoa, deixando sua cabeça vazia e a tornando um adulto bebe inútil. o cara então devolve à sociedade as pessoas sem memória. ele usa as vivências das delas pra melhor entender como funciona suas cabeças, o porque de suas escolhas, o que lhes causa medo com frequência etc. com essas informações, o sujeito escreve um livro e o lê no rádio amador, dividindo-o em capítulos diários. além disso, envia uma cópia do que escreveu pra um jornal de grande circulação, tudo anonimamente. as pessoas que tem acesso aos escritos, consideram quem escreveu uma espécie de, sei lá, o que tudo sabe e fundam uma religião. bem no livro o cara decifra a mente humana, explica mil coisas que as pessoas não conseguem concluir por não terem acesso a mentes de outras pessoas. ér isso. está meio vago, mas enfim

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  10. Vou comentar mais depois, mas adianto que curti bastante a proposta do Hugo, que tenho algumas alterações pra apimentar a cloaca da idéia de Pazos, que me lembro também de Psicopata Americano: um filme bem legal com o Christian Bale e a explícita Chlöe Sevigny, uma genialidade(zinha) cinematográfica que infelizmente se perde muito no final. Nesse filme, o personagem tem as qualidades de uma pessoa comum, porém com momentos sombrios de sua personalidade...
    A idéia do Filipe também é legal, algo tipo Kaspar Hauser voluntário meets ladrão de memória maníaco, dá pra fazer coisa boa com esse argumento.
    Pazos: Prefiro que os registros em vídeo sejam publicados em um Blog e que o mesmo seja índice máximo de audiência e sucesso mundial!! (Jisatsu Saakuru)

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  11. Bem...vou tentar ser sucinto ao comentar cada ideia apresentada até então.

    Começo por Saul, que apresentou quatro diferentes narrativas.

    Enredo 1: A ideia de ter um protagonista que a cada dia vai esquecendo o seu passado, como se fosse acometido por uma amnésia constante até que me agradou. Contudo, não gostei muito da segunda parte, em que o personagem descobre que alguém se apropiou de seu passado e está vivendo sua vida. Me lembrou "O sexto dia" com o Schwarzenegger.


    Enredo 2: Simplesmente fantástico e genial. Gostei demais da ideia da abordagem mais irônica em que a memória individual se encontra em um banco de dados e que algumas pessoas gostam de fazer leilão de memória. Muito preciosa a ideia, com esse protagonista que é um dono de uma leiloaria e passa por um conflito existencial.

    Enredo 3: Não gostei muito da coisa da mídia e do menino que se torna celebridade. Fica muito restrito e meio que culpa diretamente os pais por alguma coisa. Eu preferia que nossa história não tivesse um vilão clássico que possa ser acusado pelo público com facilidade. Seria legal a maldade pela maldade, sem muita culpa.

    Enredo 4: Esta ideia dialoga com o Farenheit 451 do Truffaut, filme muito bom. E também com o retorno à natureza do pensamento de Rousseau.
    Esta proposta também e valorosa no meu ponto de vista, mostraria um caos generalizado. Muito interessante. No entanto, me preocupa a realização do ponto de vista logística. Mas é uma boa ideia também, embora o tema 2 seja absurdamente perfeito.

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  12. Thico Petruccious dialogou bem diretamente com o Laranja Mecância e seu protagonista Alex. A ideia de uma figura que não tem necessidade de fazer o mal, pelo menos aos olhos da sociedade, mas o faz mesmo assim. Agora acho que a maldade é uma coisa bem individual e interior. Fico com um certo receio dessa representação de que o caminho da pessoa deveria ser um (no ponto de vista da sociedade) e ela opta por outro. Parece que estaríamos julgando as escolhas do personagem, quando acharia mais interessante que na história a maldade seja representada de uma forma em que o público se identificasse com o protagonista, mesmo ele sendo mau que pica-pau.

    Lost Samurai trouxe-nos um personagem interessante, que precisa de alguns ajustes para ficar menos dicotômico, porém demasiado complexo. O fato dele ser um professor de Literatura que usa suas experiências maldosas reais para colocá-las em prática em suas ficções é legal, e creio que dialoga de alguma forma com o mestre Cronnenberg. No entanto, o fato de o personagem começar a praticar tais atos devido à decadência profissional não me agradou muito. Acho que seria mais interessante se ele praticasse o mal simplemente porque gosta, sem muitas explicações. Isto poderia ser mais subjetivo e cada espectador imaginaria os motivos para que o cara pratique isso, sem que a história mostrasse. Mas é também uma excelente ideia. O cara também não precisa escrever thrillers, poderia ser um escritor de histórias bobas românticas. Seria ainda mais irônica, pois para ele a maldade que ele mesmo pratica é exergada de forma romântica.

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  13. Ah...esqueci de comentar sobre a cloaca dos pássaros...rsrs... Olha, sinceramente não gostei mto. Acho que é muito fácil para o espectador justificar a maldade de alguém que maltrata animais. Mas é legal e complexo demais compreender quem maltrata outros seres humanos ou quem maltrata a si mesmo. Dá muito mais possibilidades e curvas psicológicas aos personagens.

    Sobre as ideias de Hugo...não era bem isso que eu queria. O contraste dicotômico entre o bem e o mal com personagens que representem bem essas nuances é clássico e recorrente. Aí acho que seria tentar justificar demais o personagem que é pobre e tenta roubar por causa disso e o lado oposto, com alguém que é roubado e enxerga o outro somente como um bandido. Não é bem esse o caminho que sugiro. Tal qual a ideia do biológo que realiza as experiências para fins científicos, porém é visto pela sociedade como um malvadão. Essa ideia é melhor que a anterior (até me lembrou de algum modo um filme alemão chamado Anatomia, só que no filme as experiências são com humanos), mas acho que podemos seguir outros caminhos de representação.

    A ideia do JeffCruz, do sujeito que dispõe de uma sensibilidade artística a la Coringa de Jack Nicholson é legal. E também é meio "Psicopata Americano" com a coisa dos jornais noticiando as maldades do cara, mas ele continua impassivo por um bom tempo. Tudo bem até, mas acho que é uma ideia que pode ser amadurecida mais ainda, apresentando mais situações e fugindo dessa coisa da presença da mídia. Poderia ser algo mais oculto.

    A ideia de Filipe Brito também é maravilhosa. Essa narrativa que se passa num porão me lembra "Delicatessen". E o protagonista que rouba a memória das pessoas e se torna o próprio panóptico é muito interessante. Só tiraria a ideia dos jornais e tentaria elaborá-la de outra forma. É boa a maneira como esse cara se torna um semideus. Também acho que as pessoas não precisam ficar vegetalizadas depois que suas memórias são apoderadas pelo cara. Enfim, ideia muito bom.

    Na medida em que outras pessoas forem postando eu irei apresentando minha ideia tambem, já que sou um pesquisador-participante. Mas já adianto que não queria que minha ideia restringisse o pensamento dos outros participantes. Vocês também poderão exercer a função de mediadores e descontruir minhas ideias e minhas avaliações acerca das ideias dos outros participantes.

    Ok?

    Sendo assim, que continuem as discussões!!!

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  14. Eu acho que histórias que funcionem com uma estrutura, onde as memórias possam surgir como um "clipe" com características próprias (pequenas obras audiovisuais dentro de uma grande obra e um só enredo), vão ser interessantes, isso dá pra ser realizado com algumas das idéias aqui, uns com mais modificações do que outros... O bom é que, no conteúdo desses "clipes" de pequenas memórias, muitas das idéias existentes aqui poderiam ser aproveitadas, como o próprio lance da tortura e violência, com passarinhos ou humanos(lembrando que, pequeno, já cheguei a passar a mão cheia de pimenta esbagaçada na xoxota da minha prima. Nada mais irônico ao lembrar da cloaca do pássaro).

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  15. mas eu nao falei de maldade com animais, eu só fiz alusões, ora bolas, o que eu quis apresentar era algo como laranja, a perspectiva do mal como sendo inerente ao ser humano e manifestada em forma de prazer,matar pro prazer por exemplo.
    eu sou o tipo de espectador q na verdade pouco importa de onde venha a identificação.
    é aquela coisa ne, no poderoso chefão 3 enquanto varios se identificam com Michael eu me identifico com Mancini.
    Ai depende do q vc quer fazer.
    ehaihuiaeh

    vcs amaram a cloaca ave maria fhdisuhfuisd

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  16. ". Mas é legal e complexo demais compreender quem maltrata outros seres humanos ou quem maltrata a si mesmo. Dá muito mais possibilidades e curvas psicológicas aos personagens."

    mas foi justamente DISSO que eu estava falando, exatamente isso, só q eu fiz alusoes, eu falei la em cima "isso eu n estou falando pra ser levado ao pé da letra"

    justamente pq fiz alusões.

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. afinal pense o quanto é complexo compreender as gangues itabunenses q socam as pessoas na rua sem motivo algum por exemplo. Esses dias um pobre intercambista levou um soco na cara de graça, entre outras violencias gratuitas ao estilo laranja.
    ja pensou em contar historias como a dessas pessoas só q na ótica regional?
    violencia por prazer, meu tema é esse.
    Citei inclusive a memória como coisas do passado q justificavam açoes futuras por exemplo, o menino q socou o intercambista na realidade poderia ter feito isso com raiva de seu pai ter batido na sua mae em casa, ou ter lhe estuprado...

    enfim.

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  19. a ideia de thiago lembra um bocado o funny games de haneke. pessoalmente, me agrada essa ideia do mínimo de explicação possível para a maldade - sem ser um estudo socio ou antropológico, mas também sem tornar necessariamente tudo gratuito e arbitrário demais. não me pergunte como fazer, mas gostaria de assistir a algo assim.

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  20. meu medo maior de incluir supostas explicações é principalmente devido ao tempo, penso que curto demais para trabalhar com coisas ligadas a causa e efeito - ou a justificativas - sem deixar uma impressão de um moralismo raso e bobo.

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  21. Eu não estava com nenhuma idéia em mente,daí resolvi dá uma lida nas já escritas.
    A idéia 4 de Saul eu achei um bocado interessante,acho de fato que seria algo diferente.E a idéia 2 idem,porém achei que a 4 seria algo mais intenso(não sei explicar).
    Tbm gostei um bocado da idéia do Filipe,porém não gostei de como o diário circularia,acho que ele poderia criar coragem de sair de sua cápsula,após suas descobertas,e sair se achando superior a todos,e acabasse manipulando pessoas

    ta não sei,acho q não ficou muito bom assim tbm,mas achoq é por aí que eu pensei.

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  22. Bom, fazia tempo que não apareia por aqui... acho que perdi um bocado da discussão...Mas, lendo as ideias, concordo com Roberto que a ideia de Saul sobre "leilão de mamórias" é muito interessante.

    "personagem principal é um organizador de leilões, um humano riado a forma antiga e que vende as suas próprias memórias..."

    Pensei então num segundo personagem que, a depender do curso da narrativa, podeia ser coadjuvante ou protagonita. No caso ele se interesaria em comprar lotes de memórias, porém só arremataria os lotes de maldades, como se sentisse prazer em possuir as lembranças do que nunca pode ou teve coragem de praticar. hehe Vou tentar explicar melhor...
    Poderia ser alguém "BOM", mas que tivesse o lado "MAL", porém o lado do "BEM" sempre sobressaia devido aos valores éticos e morais impostos pela socieade (ou até mesmo por um grupo social como igreja, escola, família, etc.). Por sofrer tais imposições, o personagem só se interessaria pelos lotes de memórias más do leiloeiro como forma de fruir as maldades que não consegue realizar no seu cotidiano, aprisionando-as na sua mente.
    Sei lá, é meio louco e seria um desafio desenolver hehehe mas é isso ai... Acho que conseguiriamos juntar a dualidade "BEM e MAL"(já sugerida por alguns), com outra dualiade "Social/individual" num enredo só!
    Valeu!

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  23. Caralho!! gostei da idéia do charles!! acrescentou à minha perfeitamente com esse personagem que tem interesse por comprar memórias de maldades.
    É meio que isso que acontece com muitos gamers, que aguardam pelo lançamento de jogos cada vez mais violentos, ou cinéfilos que aguardam pelos filmes mais violentos também, com ansiedade. E o investimento nisso nem é tão caro, visto que o benefício pessoal vale o que custar. Isso pode ser uma outra idéia, esse "comprador de memórias de maldades" poderia estar oferecendo em troca algo muito maior que dinheiro, quem sabe também uma lembrança pessoal. O drama e a tensão estaria justamente no conteúdo dessas memórias que são vendidas/perdidas/trocadas.
    Em um leilão de memórias, eu escolheria comprar um pacote bem explícito. Contanto que o vendedor não fosse gay ou de gostos duvidosos \o/

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  24. Com relação a ideia de Saul somada à de Charles... Vou tentar contribuir... Gostei muito da soma dessas ideias... Bem, eu acredito que podemos pensar em uma pessoa que troca suas memórias boas por outras de pura maldade a ponto de simplesmente perder a noção da realidade e não saber o que é memória comprada e o que de fato ele viveu e passar então a praticar de fato crimes, pensando já ter feito isso antes. Acredito que isso pode ser interessante. Penso algo como o desfecho da história ser ele praticando algum crime bizarro. Algo como a cena final. Tvz nem praticando de fato, deixando na dúvida. A iminência de um crime.
    Acredito que seja isso.

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  25. /\podia ter um plano aberto em um ambiente úmido, escuro e silencioso. o cara que compra as ideias do mal sentado numa poltrona velha olhando pro chão com as mãos na cabeça. o silencio. as mãos sujas de sangue rs

    o silencio seria um barulho grave constante de ventilador misturado com aquele barulho emitido por instalações eletricas, lâmpadas fluorescentes com defeito, eu ja ouvi.

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  26. rsrsrs

    Realmente desaparecido. Tive que me retirar. A conxão à Internet tem sido muito complicada por aqui e nos últimos dias estive muito envolvido na realização do meu relatório final de pesquisa que, de certa forma, tem relação com este projeto.

    Mas a partir de hoje, estou de volta às discussões. Espero que possamos bater o martelo até o fim dessa semana.

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  27. Galera,

    tentei elaborar um plano com alguns das ideias apresentadas aqui e trazendo também um contribuição minha. Segue abaixo quase que com uma estrutura de story-line:

    A história se passa numa sociedade onde as pessoas não conseguem armazenar por muito tempo lembranças de acontecimentos passados, restringindo a memória de longo prazo a documentos escritos e audiovisuais. Em meio à expectativa da vinda de uma doença letal de origem ainda desconhecida que está se alastrando ao redor do mundo, um detetive chega num pequeno vilarejo para investigar um cientista ganancioso que realiza leilões ilegais de lotes de memória. Contudo, imaginando que vai ser atingindo pela doença letal, o detetive começa a questionar sua própria existência e passa a negociar com o cientista a compra de lotes de memória com atos de maldade, com o intuito de construir uma personalidade com lembranças de coisas que nunca teve coragem de fazer e também para não sentir tanta angústia e culpa na hora da morte.


    Os procedimentos de inserção das memórias nas pessoas ficarão ocultos durante o filme.


    E aí???

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  28. pra quem trabalha esse detetivo também não vem ao caso? ou trabalha pro governo? ou pra uma organização criminosa anti governista que pretende investigar o metodo que o cientista usa pra transpor lembranças de uma pessoa pra outra pra usar contra o governo? o governo tem interesse de que as pessoas nao tenham mais memorias, certo? ou não?

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  29. gostei um bocado dessa narrativa roberto
    =)

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  30. Isso que filipe questionou seria interessante deixar bem claro,acho que poderia ser anti governamentista.

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  31. Gostei Roberto! me lembrou muito a história do livro "Cem anos de Solidão" do Gabriel Garcia Marques... se for seguir essa linha seria bom você dá uma lida!

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  32. olha...pela linha que eu vinha seguindo, não viria muito ao caso definir se o detetive trabalha pro governo ou para outro tipo de organização...bem como analisar as intenções dele...

    seria algo bem funcional mesmo...o cara chega num lugar para investigar um caso (típico do cinema noir) mas acaba desviando o seu foco por algum motico (neste caso, o medo da morte)...

    tal questão decorreria naturalmente na trama...sem muitas explicações.

    o mais importante seria focar na questão existencialista mesmo...saber quais seriam os dilemas...o que motiva essas dúvidas...

    seria algo mais na linha bergmaniana ou Lars Von Trier no início de carreira.

    mesmo porque o fato de ser um curta delimita bem o tempo para que se esmiuce o tempo pregresso dos personagens...

    a ideia é falar de passado e reflexão, mas se atendo ao presente...ao que vem acontecendo.

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  33. A coisa bucólica, meio que familiar lembra mesmo "Cem Anos de Solidão", "Lavoura Arcaica" também. É um bom livro. Mas acho que as referências que tecem a obra se seguir neste sentido são Bergman e Von Trier, de fato.


    Mas vamos lá às próximas opiniões...

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  34. Gostei muito desse enredo. Tem a ver também com Gondry em "Brilho Eterno", mas nesse caso as memorias teriam que aparecer um pouco, de forma meio expressionista, como a casa de praia que desmorona em "Brilho" (mas sem tanta superprodução) Acho que algumas memorias deveriam aparecer porque elas seriam um ponto de conflito interessante, visto que o personagem ainda não está doente. Ele teria que pensar se realmente quer adquiri-las. Também acho que o cientista poderia ser alguém mau, pois ele ja é interesseiro e o detetive nao é mau ,pois nao tem muitas memorias ruins, entao o cientista pode ser um antagonista, um "espelho ao contrario", do que ele vai se tornar depois que adquirir as memorias ruins.

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  35. Curti a idéia, citaram o Gabriel Garcia Marquez e eu cito Franz Kafka, em específico o clima de "O Castelo". Cinema noir na lata também, e sem explicações... até pq, se explicar uma coisa você acaba sendo obrigado a explicar outra, e nesse puxa-puxa uma coisa sempre enforca a outra quando se trata de um curta que tende pro fantástico.
    O lance do cara que leiloa memórias ser um antagonista, acho válido, mas sem tornar explícito de forma visual, tipo "vestir de vilão". Acho que o Gondry, o Burton, esses caras muito focados no visual, tem que ficar fora da inspiração neste caso, ou seja, seria tipo tentar trazer o fantástico pro cotidiano, até pra algo "brasileiro" (se é que existe isso), já que o cenário local poderia ser explorado de uma forma diferente... o barzinho noir poderia, nesse caso, ser um buteco de esquina... o vodka martini ia virar um pileque de cachaça PITÚ, por aí vai.
    Entrando por essa trama de protagonista/antagonista, dava até pra criar um conflito psicológico interessante, até pq, seriam mocinho e bandido entrando em um acordo, no qual o "mocinho" estaria comprando memórias do "malvado" rsss
    Prossigamos.

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