sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tema

Caros amigos, que comecemos os trabalhos!!!

Iremos agora começar as discussões a respeito do tema do nosso filme.

Embora eu tivesse dito que as locações disponíveis se encontrem em Ilhéus ou em Itabuna, não é preciso que a abordagem seja necessriamente regionalista. Este espaço também está aberto às temáticas universalistas.

Compreendendo as limitações orçamentárias, vamos pensar a escolha temática no plano do realizável, tendo em vista que a intenção primordial é de que o filme seja produzido, que serão poucas as saídas de câmera e que o período para a finalização da obra é bem curto.

Durante as discussões, eu aparecerei comentando tbm, mediando o processo.

39 comentários:

  1. Cara,
    Uma dica para otimizar seu blog. Visto que os textos aqui tendem a ser grandes... Eu sugiro que você inverta as cores no Layout. Fundo claro, fonte escura...
    Do jeito que está, fonte branca e pequena contra fundo preto, cansa as vista e prejudica a leitura atenciosa. Incomoda bastante. Mas isso é só uma sugestão.
    Abraços!

    ResponderExcluir
  2. Sugestão aceita, Lost Samurai. Realmente achei que a leitura tornou-se mais dinâmica com esse novo layout. Se mais alguém quiser opinar sobre a escolha das cores do blog ou sugerir outro modelo, fique à vontade. Mas vamos todos juntos...Vamos tentar iniciar a construção temática.

    ResponderExcluir
  3. A temática principal poderia ser Juventude, afinal é um universo que todos conhecem, sejam os jovens ou os adultos (afinal as lembranças continuam sempre fortes)..."Não seria como American Pie". As subtemáticas seriam mais poeticas trabalhando com os sentimentos de duvidas, rebeldia, tentativas frustadas de liberdade, conflito consigo mesmo.... e algum tipo de doença fisica ou mental, ou algo que seja um tabu que o envergonhe, que o faça sentir reprimido socialmente [ex: altista, sindrome do pânico, homossexualidade, ou o jovem é feio... etc...]... Sabe, tive a impressão que estivesse falando do "Laranja Mecânica".....O que acham de ir começar por esse caminho?

    ResponderExcluir
  4. PS.: Espero que seja algo polêmico que faça rir e chorar! rsrs

    ResponderExcluir
  5. defendo qualquer ideia pessoal, ligada mais a uma paixão interior (ou qualquer coisa que remeta àqueles skeletons in the closet) do que a um possível modismo dentro da academia. sim, isto pode ser visto como uma visão "puritana", "romântica", bláblá, mas, dentro do meio, acho a mais respeitável, a que mais admiro - mesmo que o resultado saia uma merda. tentando manter uma coerência com esse pensamento, visualizando as limitações, e com uma sugestão que não imagino ser tão invasiva, por que não falar de cinefilia?

    ResponderExcluir
  6. Eu gostei dessa idéia de fazer algo relacionado aos conflitos dos jovens, isso é algo muito interessante e pouco trabalhado atualmente. Quantos jovens por ai, que só porque alguém olha pra eles, eles pensam que estão olhando com algum preconceito, porque se acham feio, porque eles acham que tem algo de errado em si. Outra coisa interessante de se tratar no filme seria uma abordagem em relação aos conflitos de um jovem com sua sexualidade, como se dá as suas descobertas, abordando também o homossexualismo. E não pode faltar a idéia de um jovem que o jovem não valoriza seu corpo, sua vida, e prefere sair por ai fazendo mil loucuras...! Enfim, acho que abordar a vida de jovens dará muito "pano pra manga".

    ResponderExcluir
  7. Eu vejo essa coisa do jovem, como caminhar à beira do precipício do clichê. Tem que ser algo muito bem pensado para fugir da mesmice e não fazer um produto "no melhor estilo MALHAÇÃO". Por ter acompanhado o seu desenvolvimento na Universidade, acredito que você poderia arriscar uma coisa mais inovadora. Nada incompreensivelmente pseudo culto, nem nada superficial. Penso em questões profundas. Histórias densas, que discutam a natureza humana e coisas assim. De uma maneira reflexiva e inovadora. É óbvio que espero um material carregado de boas referências... Acredito que você tenha algo em mente. Tvz compartilhar a sua idéia inicial aqui ajudasse a direcionar um pouco as discussões... Meio que colocar as coisas nos trilho...
    Abração!

    ResponderExcluir
  8. Sugestão: Vamos falar de máscaras! O melhor do que há por detrás delas. Três histórias diferentes que retratam a hipocrisia humana, os papeis que cada pessoa representa dentro de determinado grupo social. Quem é quem? Somos quem mostramos ser? Somos quem achamos ser? Três histórias, três personagens centrais que vão se revelando, se descobrindo através de situações inusitadas, até chegarem ao seu verdadeiro eu, nú e crú, bom ou ruim, não importa. No fim estabelece-se, além da temática, uma segunda relação entre as narrativas. Esta segunda relação pode ser entre os personagens, ou entre as situações, ou a criatividade deste espaço propuser.

    ResponderExcluir
  9. gostei da sugestão dos temas polêmicos,agora seria interesante se não fosse algo tão clichê,como novelas da globo,poderia ser algo relacionado com o piscicológico,assim como ele disse na linha de laranja mecânica...pouco tempo atrás ouvi falar em uma doenças chamada demência semântica,a pessoa passa a esquecer o significado de algumas palavras...
    acharia isso bem interssante.

    beigos

    ResponderExcluir
  10. Gostei da sugestão dos temas polêmicos,agora seria interessante se não fosse algo tão clichê,como novelas da globo,poderia ser algo relacionado com o psicológico,assim como ele disse na linha de laranja mecânica...pouco tempo atrás ouvi falar em uma doenças chamada demência semântica,a pessoa passa a esquecer o significado de algumas palavras...
    acharia isso bem interessante.

    beigos

    ResponderExcluir
  11. Opa! Achei massa essa coisa de juventude e demencia semântica... acho que poderíamos unir bem as coisas se escolhessemos três palavras que tiveram seus sentidos e usos transformados na sociedade de hoje... sobretudo que esteja dentro do universo da juventude... isso daria à gente a possibilidade de fazer uma narrativa mais circular, mais aberta. E falariamos de algo que está proximo de todos nós, de uma maneira inovadora... Poderiamos ter um personagem ou três... isso podemos ir discutindo... enfim... idéias...

    ResponderExcluir
  12. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  13. No auge da minha adolescência (15, 16, 17 anos. acho que estou vivendo o final dela, ou ainda falta um tanto pra acabar, não sei) viajava na idéia de que podia estar vivendo este dia e que todo o resto de minha memória tivesse sido escrito em um minuto e instalado como um software no que eu chamo de mente, como se meu passado tivesse sido inventado e quando ALGUÉM quisesse, ele seria zerado e reinventado. Enfim, pode-se tratar de um tipo específico de medo adolescente demonstrando esse medo. Ai sairia um suspense legal. A ideia é construir a coisa de forma que, quando o espectador terminar de assistir, ele tenha, que seja por dois minutos, o mesmo medo do personagem. Isso me parece um clichê. ér isso

    ResponderExcluir
  14. Bom, drogas é um tema batido ate vc assistir Trainspotting... Então acho que o tema juventude é sempre excelente, e pode ser abordado de varias formas diferentes. E acho também que vc pode ser universal sem necessariamente contar historias ordinarias, do cotidiano.
    Eu sugiro que o tema seja um rito de passagem pra um outro estagio, quando o jovem amadurece, um tema recorrente mas que pode ser trabalhado de diversas formas, por exemplo uma experiencia tida na vida, como em Conta Comigo ou Os Sonhadores, ou o confronto com a morte em Paranoid Park. E poderiamos fazer isso com um presonagem ou três, em diferentes momentos....

    ResponderExcluir
  15. juventude, rito de passagem, medo, máscaras, natureza humana... acho q já dá pra tirar um pouco de cada ideia e juntar sem cair na mesmice. clichê é ouvir falar de uma narrativa envolvendo jovens e já relacionar com malhação!

    ResponderExcluir
  16. Condordo plenamente com o Peter! Quando falei de jovens..ainda dei uma referencia de "Laranja Mecanica" justamente para não confundir com formatos do tipo "Malhação"..

    Dá muito bem pra reunir tudo. E confesso fiquei empolgado com a forma com a qual a Scheila reuniu "juventude e demencia semântica [comentado por Eline]". Esta coisa de máscara é bem legal também. Experimentei uma técnica em oficinas teatrais que me lembram isso.. Quem sabe, damos ao personagem um momento tipo monologo em que ele expõe seus medos brincando com máscara...[um momento de confronto com o ego dele]....É isso aí, está fluindo!

    ResponderExcluir
  17. bem, acho que precisa se pensar em coisas primárias inerentes ao trabalho acadêmico como o que podemos fazer - e todas as limitações que ele traz.

    a primeira, e talvez mais importante, diz respeito à escolha entre ficção ou documentário, ou uma mistura dos dois.

    se for ficção, ou se com algum tipo atuação - em que pese a capacidade de representar na tela de um jeito convincente -, quem atuará?

    é bom pensar com carinho nisso, principalmente se for para tentar dialogar com obras tão boas e/ou conhecidas. o que aparentemente pode oscilar entre uma homenagem gratuita e uma pretensão descabida.

    ResponderExcluir
  18. Vou tentar mediar um pouco este diálogo. Acho que não precisamos necessariamente homenagear ninguém. Uma referência indireta aqui e outra ali não caberia mal. Mas homenagem já seria bobeira para nós.

    Gostei muito do gancho do jeffwriter sobre juventude, o que foi defendido por Hugo. É algo bem próximo da maioria dos interagentes que aqui estão, uma vez que todos que se apresentaram têm menos de 30 anos. Ficando claro, como tinha postado anteriormente, que o filme será uma ficção. E o desafio de trabalhar para obtenção de boas atuações será muito interessante.

    Leandro Guimarães também nos chamou a atenção para que os temas e o enredo transmitam coisas pessoais. É muito bom perceber que todos nós estamos confluindo para isso, para temáticas particulares.

    Lost Samurai pontou a respeito de trabalharmos com questões profundas, mais densas. Gosto desse pensamento. Acho que podemos trabalhar com personagens mais complexos se continuarmos pensando assim. E, claro, não precisa ser nada relacionado ao estilo MALHAÇÃO. Acho que não precisamos representar personagens jovens imbecilizados como em algumas novelas globais. Podemos trabalhar com uma juventude madura, mas ao mesmo tempo confusa, atormentada por algum(uns) motivo(s).

    Quel pontuou algo interessante sobre máscaras e sobre três histórias e três personagens, lembrando que o filme será fragmentado e postado em três partes neste blog. Assim poderiamos agregar as ideias de todos se fizemos assim.

    Poderiamos ligar estas histórias por um único tema, um fio narrativo objetivo. Não sei...isso caberá às próximas discussões.

    Vamos todos botar a caixola para funcionar!!!

    Adorei pra caramba quando Eline Luz indicou a temática da demência semântica. Falar sobre algo ligado ao psicológico poderia entrar diretamente em uma discussão profunda sem cair nos clichês do cinema. Podemos pesquisar mais sobre esta doença.

    Scheilla contibuiu com a questão de ligar a doença com o universo da juventude, palavras bem intrínsecas à juventude. E Filipe Brito deu uma excelente contribuição falando de memória, passado. Falar em memória e passado quando se trabalha com jovens é algo inovador para mim. Quando ouço falar em narrativas envolvendo memória, os personagens são bem mais velhos, às vezes até idosos, e maduros demais.

    Quando se fala em memória eu meio que dispenso quase todos os documentários e novelas já produzidas e penso num cineasta chinês chamado Wong Kar-Wai, que tem realizado filmes impressionantes envolvendo temas simples como memória, paixões, amor, desilusão, e a complexidade dos personagens é sempre absurda.

    Mas lembro: não precisamos homenagear diretamente Wong Kar-Wai. Ele é só mais uma boa referência para pensarmos na nossa temática.

    Concordo com Ícaro Ramos quando ele toca na questão do rito de passagem. Isto é sempre uma coisa muito complexa em todas as fases de nossas vidas e dá muito pano pra manga.

    Bem...quero dizer que estou gostando demais das contribuições. O trabalho realmente está fluindo. E até mesmo as divergências apresentadas têm sido um ponto imprescindível para o amadurecimento das discussões.

    Enfim...novas contribuições serão muito importantes. Vamos continuar as discussões e quero informar que pessoas que ainda não comentaram, sintam-se à vontade para comentar também.

    Quem continua???

    ResponderExcluir
  19. Bom, após essa mediação de Roberto, fazendo conexão das idéias aqui apresentadas, podemos contribuir em ideias abordando os pontos sugeridos por ele, quando diz "Podemos trabalhar com uma juventude madura [...] atormentada por algum(uns) motivo(s)" e "ligar estas histórias por um único tema, um fio narrativo objetivo".

    Vou botar minha cachola pra funcionar.. [e divulgar o blog pessoal pra fluir mais ainda rs]

    ResponderExcluir
  20. Chegando um pouco atrasada na discussão, mas achei a idéia bem interessante, existem muitas formas de se tentar fazer algo diferente... Às vezes tenho um pouco de receio de se trabalhar com atuação, os atores têm que ser muito bem escolhidos para que todo o trabalho seja bem representado...
    Então, falando de juventude umas das coisas que me chamam a atenção é essa fixação pela internet, por se mostrar na rede... Um exemplo são os blog´s, Orkut, twitter, etc,etc... e essas coisas que todos os dias inventam e eu nem sei que existe...talvez trabalhar essa "demência semântica" dentro do ciberespaço...Uma das histórias que acontece no espaço virtual, algo do tipo.Não sei se tô viajando muito, vou pensar um pouco mais, agora que me interei das propostas iniciais!

    ResponderExcluir
  21. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  22. Legal falar de memoria e juventude... Inusitado.
    Talves uma historia de amigos de infancia que se encontram na faixa dos vinte e não se reconhecem mais, de tanto que mudaram. Mexeria com memória, dá pra aprofundar bastante o psicologico deles e dá pra fugir das historias clichês, porque teria-se a liberdade de inventar qualquer história pra cada um deles.

    ResponderExcluir
  23. Que tal: um acontecimento em comum para três personagens, que vão significar de modo diferente o ocorrido. Essa significação vai se basear na memória e no esquecimento. Memória é seleção, está intimamente ligado ao que se esquece.

    ResponderExcluir
  24. Recebi um e-mail do prof. Rodrigo pelo redecultura falando do seu trabalho. Cara, essas idéias que eu li até agora são todas muito puxando pra depressividade pseudo-realista ou pra malhação, mesmo que tenha quem ache preconceituoso falar de malhação, mas fala sério: malhação é malhação, vc sabe, vc que tem boas referências como Wong-Kar-Wai. Não caia nessa de buscar um realismo pq acaba rolando uma falha, não será bem um realismo, porque ninguem é jovem frustrado e infeliz ou com doenças físicas e mentais, se rolar alguém assim de verdade tenho pena dele. E pra uma minoria socialmente deslocada já tem muito alarde - aliás, pra toda minoria assim como para pobres, negros, homossexuais e personagens jovens. É só ver como projetos culturais voltados pra isso ganham financiamento. Quer saber o que ganha financiamento em um edital de produção audiovisual no Brasil? faz um projeto sobre um documentário da vida de um jovem negro que frequenta escola pública e participa de rituais de candomblé mesmo sendo cotó.
    Eu seguiria por outro momento da vida, algo menos realizado, como quando Kubrick mostrou a vida de pré-humanos em 2001. O dia-a-dia de um bebê em um útero conversando em monólogo com seu cordão umbilical seria mais interessante pra mim do que um "jovem sexualmente frustrado e não-aceito".
    Já quanto à questão de ser interativo, acho super interessante e o trabalho escrito, puxando por bons teóricos, tenho certeza que vai ficar muito interessante. Se vc clicar no meu nome aqui, vai abrir um link que mandei pra te ajudar, quem sabe. Assisti isso na época em que ainda encontrava bons links pra download na internet e nem todo mundo tinha velox, tenho certeza que vai ser uma boa inspiração. Abraço!

    ResponderExcluir
  25. Olá Roberto, adorei a idéia de construir um vídeo a partir de idéias postadas no blog. Gostaria de saber de quanto tempo será o vídeo? Abraços!

    ResponderExcluir
  26. Novos participantes entraram nas discussões e é interessante, neste momento, voltar a mediar este processo.
    Bom, está na hora de filtrarmos algumas ideias e esclarecê-las para facilitarmos a compreensão de todos.

    Acho que com os novos comentários a ideia de trabalharmos com o mote da memória voltou à tona. E como Ícaro Ramos pontou, seria bem inusitado envolver memória e juventude.
    Eu creio que essa juventude a qual nos dirigimos pode estar num momento de transição, lá perto dos 30.

    Poliana Alves veio trazer a relação com o ciberspaço, direcionando o trabalho com as redes e comunidades sociais vigentes no mundo virtual. Eu imagino que isso não deveria ser o foco do trabalho, uma vez que já estamos diante de um processo interativo e diversos outros trabalhos relacionados ao mesmo processo sempre sinalizam tais questões: o de personagens que se comunicam através dessas redes, como elas mudam a vida das pessoas etc. Então, no momento, acho que poderíamos procurar um outro foco.

    O antônio veio para contribuir com uma ideia que eu achei interessante. Podemos sim trabalhar com três personagens e um acontecimento em comum que sugere diferentes significados. E então, entraria em voga a individualidade, o perfil de cada um deles para lidar com o episódio.

    O Saul preferiu discordar sobre a questão da juventude e apontar que as ideias apresentadas caminham para uma certa depressividade e um realismo. Enfim, acho que realmente o nosso foco não deveria caminhar para um tom realístico. Poderíamos transitar no âmbito do fantasioso, do absurdo, até mesmo do humor negro, deixando de lado o realismo. E isto certamente não impediria a densidade do filme. Pelo contrário. E a ideia não é trabalhar com jovens frustrados sexualmente e não-aceitos no meio social. O bulling é um caminho muito batido. Isto beiraria de fato o clichê e já tinha sido descartado em outros comentários.
    O participante também nos trouxe também um link interessante de uma obra do Alain Resnais, uma outra excelente referência em se tratando da temática da memória no cinema e que prefere trabalhar, frequentemente, com personagens mais velhos.

    E respondendo à pergunta de Julianna Torezani, a estimativa inicial é de que o filme tenha uma média de 15 minutos de duração.

    Eu queria que tentássemos fechar as discussões a respeito do tema até, no máximo, sexta-feira. Desse modo, vamos procurar afunilar o temos em mãos nos próximos comentários.

    ResponderExcluir
  27. Bem. Mais uma vez acredito que consegui meu objetivo. Nada de respostas prontas xará, não espere por elas aqui, pelo menos não vindas de mim. Minha crítica ao formato malhação parece ter redirecionado o pensamento para reflexões e discussões mais aprofundadas, apesar de alguns comentários mais ácidos contra a minha manifestação neste espaço público e aparentemente democrático. Bem meu comentário não foi conduzido por pré-conceitos, e sim por pós-conceitos, levando-se em consideração os rumos que vinham sendo propostos para este trabalho. Eu acredito que essa coisa do jovem seja uma proposta, mas já ficou definido o tema? Porque no fim tudo está girando ao redor do jovem. Concordo com Saul que outros pensamentos devam também ser bem-vindos. Achei válida a sua observação quanto à idade dos participantes, agradeço muito por ter me chamado de velho e ter me lembrado que EU já passei dos tais 30 anso de idade. Mas tudo bem... Entendo que você não só deva mediar, mas como eu disse anteriormente, apresentar uma idéia guia. Algo que passou inicialmente em sua cabeça. Isso pode nos levar a outros rumos. E nada de homenagens. Nada de repetições e cópias. Falei que espero de você boas citações e referências visuais... Fato. Mas daí partir para uma homenagem explicita eu acho arriscado e chato.

    ResponderExcluir
  28. O curta pode contar com três personagens principais, beirando os trinta anos, que são desafiados a investigar seus passados em busca de elementos vividos que expliquem A situação não convencional vivida por eles num momento presente, não por coincidência. Eles, a primeira vista, não se conhecem, mas vivem a mesma situação. Essa situação os deixa intrigados por motivos diferentes, já que, por serem pessoas realmente distintas, percebem o mundo de maneiras diferentes. Por exemplo, enquanto uma está aterrorizada com a situação, outra se diverte, mas pra ambas, aquilo é, pelo menos sem essa viagem pela memória, inexplicável.
    A situação poderia ser algo fantástico, pra fugir de vez da realidade. Os três personagens têm em comum personalidades fortes, então um não admite o que os outros dois falam, tornando mais complicado o entendimento da situação.


    q

    ResponderExcluir
  29. Eu concordo com a idéia de Antonio, o que facilitaria na criação de uma estrutura, e você poderia trabalhar com 3 idades diferentes dos mesmos personagens. A própria linguagem visual de cada parte poderia ter nuances subjetivas, respectivamente; sendo assim, filmar um personagem de 3 anos de idade deveria adquirir a espontaneidade e aleatoriedade semelhante à própria lógica do mesmo, o que se conformaria depois em uma linguagem mais padronizada e linear na idade adulta, ou entrecortada e falha na idade avançada.
    Partindo para o fantasioso e beirando o humorístico é realmente uma opção melhor, devido às próprias dificuldades com atores já citadas por outras pessoas aqui.
    O bullying nem é tão batido, no que tange a retratar quem pratica ao invés de quem apanha. A preferência é não se apegar a fraquezas de um personagem, isso é o verdadeiro grande clichê; aposto muito mais em algo que retrate suas forças, algo semelhante a O Velho e o Mar de Hemingway. Apesar dos pesares, o que o conto (considero-o tecnicamente um conto, apesar de sua fama de romance) enfoca são as qualidades do personagem, e não há tempo para lamúrias a respeito da velhice, doença, rejeição social, etc, que é o que algumas pessoas sugeriram antes. Melhor construir um personagem por suas características que são diferenciais por serem as boas e não as ruins.
    Nesse aspecto, seguindo por um rumo do humor negro, ou mesmo com seriedade, na forma como for retratado, características à primeira vista ruins podem ser apresentadas como boas. Trainspotting, que já foi citado aqui, apesar de beirar em muitos momentos a crítica, desde o início e em diversas partes apresenta o uso de drogas como algo bom e comum, é isso que faz seu diferencial; Laranja Mecânica, citado aqui também, é ótimo por esse mesmo aspecto: são raros ou nenhum os momentos em que se percebe que as características do personagem são mostradas ruins - no geral, elas são apresentadas como no livro de Burgess, pelo próprio personagem, e como características boas. Assassinos por Natureza, outro filme tão batido quanto Trainspotting e Laranja Mecânica, faz o mesmo e da melhor forma. Em nenhum momento o que o personagem faz é ruim, é lindo ser um "assassino por natureza". Tudo questão de enfoque. Claro que todos esses três filmes o fazem de forma caricatural, único meio de um filme ocidental realizar isso com ares de "crítica" para não ficarem marcados depois pelo moralismo. Já no oriente temos filmes sérios que retratam obsessões bizarras de forma tão apaziguada como se quem as praticasse estivesse simplesmente tomando café-da-manhã, e não vemos nada caricatural; simplesmente aquilo é mostrando como um aspecto forte do personagem, como Santiago em O Velho e o Mar. O filme a que me refiro em específico é o Blind Beast, de 69, algo sobre o diretor está no link do meu nome, mais uma vez.
    Acredito que 15'00'' seja muito pouco, você deveria ver a questão do tempo - lembrando que trabalhos de conclusão anteriores que tenham sido realizados ultrapassando esse limite abrem, sim, o caminho para que qualquer outra pessoa depois possa fazer a mesma quantidade de tempo. Isso é direito adquirido!
    Abç

    ResponderExcluir
  30. Dando minha humilde contribuição. Acho realmente jovens, conflitos, drogas um tema tão batido. Tá me parecendo uns curtinhas que rola no canal multishow. Bem clichezinho. Explorar a estética e os temas já abordados em 'n' filmes não é inovar. É copiar algo que consideramos fora dos padrões de Hollywood e malhação, o que não é necessariamente inovador, já que alguém já o fez.
    Acho legal a idéia de Raquel. Que tal explorar as máscaras? Que tal usar esses conflitos como gancho para as máscaras. Algo surrealista, bem no seu estilo (é você já possui um)? Não estou te sugerindo colocar jovens de pobres meninos ricos. E muito menos algo que lembre especial globo repórter. Mas explorar imagens, iluminação e cores. Gosto das 3 personagens. Gosto de idéia de criar 3 pessoas em uma só. Uma linha que liga todas as personagens e seus problemas que chegue ao ponto que elas se confundam e que ocorra a dúvida. São 3 ou somente 1? Explora a raiz. De forma real e não piegas. Pega um pouco de cada idéia. Joga na tela a confusão de adultos que não conseguem crescer. Isso é um fenômeno em Ios. Homens e mulheres com 30 e tantos e quarenta e poucos que pensam que possuem 18.

    ResponderExcluir
  31. Aaaaahueahueaaaa certamente, essa dos(as) coroas que se acham super-jovens é uma realidade em Ilhéus e Itabuna. Se você for no Trivela, só vai ver coroa tarado(a).
    Concordo que explorar estéticas e temas abordados por outros filmes não é inovar, mas desconfio que também, qualquer assunto ou estética que se escolha já terá um precursor... difícil, com tantos anos de história de cinema e de produções independentes no mundo, encontrar algo realmente "virgem". Tão difícil quanto encontrar "virgem" em Trivela.

    ResponderExcluir
  32. *...ou estética que se escolha NÃO JÁ TENHA um precursor.

    Mal de fazer mil coisas ao mesmo tempo.

    ResponderExcluir
  33. Concordo em gênero, número e grau! É pq às vezes as pessoas PARECEM pensar - destaque para o parecer - que o inovador é só a estética do dito cinema cult.

    E viva a geração Peter Pan!

    ResponderExcluir
  34. kubrick disse, já há um bom tempo, que "toda cena já foi filmada. (...) o trabalho [dele] é fazer cada uma melhor" - ou coisa do tipo. pra mim, a questão aqui não é fazer uma "missão-kubrick" - imagino pessoas com um mínimo de noção da impossibilidade (agora) de certas coisas -, nem discutir se ele está certo ou não.

    o ponto é que, se há muito tempo ele já defendia um quase esgotamento de coisas, é pq talvez a gente já viva há um tempo ainda maior um tipo de era da cópia (emulação, repetição, reciclagem, como preferir) - sem querer entrar no terreno dos acadêmicos que abordam o tema. por isso, se for para copiar, conscientemente ou não, que seja uma cópia sobre o que se conhece, se gosta, se interessa, etc... sobre o que deixa a pessoa à vontade para se falar sobre. fazer alguma coisa, antes de tudo, honesta - que não precisa ter nada a ver com moralismos ou coisas politicamente corretas.

    ou seja: roberto, veja se não é melhor vc reaparecer por aqui, encher o peito e dizer - "eu não vou falar disso nem a pau!". ou, logicamente, dizer - "eu adoraria falar disso".
    talvez ajude. ;)

    ResponderExcluir
  35. Quero pedir a todos que continuem as discussões sobre a temática do filme no tópico "Afunilamento do tema".

    ResponderExcluir
  36. Eu gostei da divisão das propostas do outro tópico, ficou bem realizada. Gosto na verdade dos aspectos de várias das divisões, em específico: Urbanidade, múltiplos papéis, esquecimento e estranheza. Acho que a partir daí, pode se seguir pro próximo ponto, e decidir como seria o personagem e a tão discutida idade dele hahaha.
    Para Pazos: Gooooooooooore!! \m/

    ResponderExcluir